Grupo 4 - Teste solo

Karollynny acordou em meio a uma floresta, sozinha, podendo contar apenas com suas armas que estavam em uma mochila ao seu lado. O local parecia totalmente deserto, nenhuma forma de vida se mostrava. Sussurros podiam ser ouvidos mas não compreendidos, as poucas folhas das árvores já quase mortas balançavam com uma brisa gélida e uma névoa densa cercava a semideusa lhe causando ainda mais terror.
Um cheiro de morte tomava conta local, o solo sob seus pés era úmido e argiloso, não havia vegetação alguma a não ser as árvores.

Instruções:

A garota olhou ao redor, confusa sem saber onde estava e nem o por que de estar lá. Ela começou a caminhar sem direção, atenta como uma caçadora, pronta para qualquer possível perigo. Alguns minutos andando por aquele labirinto natural e uma trila surgiu, nela havia claras marcas de rodas e de ferraduras. Não havia nenhum outro indício de que houvesse vida alí a não ser esse.

Instruções:

A garota começou a seguir a trilha em meio à macabra floresta, conforme avançava os sussurros ficavam mais intensos e altos. Barulhos de passo vinham de algo à frente.

De repente todo o som parou, os sussurros, os passos, até o vento sessou. A névoa continuava densa como antes, impossibilitava a visão a poucos metros. Uma voz surgiu, a surpresa quase fez a prole de infartar.
- Olá Semideusa - disse uma voz dupla, ela conseguia ser grave e aguda ao mesmo tempo - O que faz aqui na floresta? - lhe perguntou.

A criatura misteriosa gargalhou, suas vozes eram de fazer os ouvido doerem com tal som. Ele pareceu se aproximar pois a voz estava mais perto, até a respiração da criatura era audível, e pela intensidade parecia ser enorme.
- Ora, ora. Uma garotinha perdida!m - a criatura riu novamente.

A névoa começou a se dissipar rapidamente, mas não havia ventou ou brisa que fizesse tal fenômeno ocorrer. Da escura névoa surgiu uma garota, incrivelmente ela tinha as mesmas feições de Karollinny, isso porque era sua irmã.
- Oi irmãzinha. - falou a outra garota.

A garota apenas fez uma cara triste, parecia estar prestes a chorar, ela caiu de joelhos e colocou as mãos no rosto. Ela tremia como se fosse entrar em convulsão, quando Karollinny percebeu a roupa de sua irmã estava toda rasgada, seus braços tinham arranhões e sua perna estava suja de sangue, bem na coxa direita.
- Por que você me abandonou? Por que não ficou comigo? Por quer me abandonou - gritou e logo começou a chorar compulsivamente.

A garota continuou chorando cada vez mais, parecia não te controle sobre a tristeza que sentia. Suas lágrimas molhavam o chão e seus soluços ecoavam pela paisagem.

Me abaixei na sua frente e peguei em sua mão. Sua pele estava tão fria, que parecia... Morta. Balancei a cabeça para arrancar esses pensamentos da minha mente e tirei os cabelos do seu rosto molhado. Algumas lágrimas suas caíram em minhas pernas, mas não me importei. Apenas passei a mão em volta de seu pescoço e a deitei em meu colo, onde comecei a acariciar os cabelos de minha irmã.
- Kitty... O que aconteceu com você? - Perguntei e  limpei algumas lágrimas teimosas, que insistiam em cair em seu rosto.
Seus soluços ainda ecoavam pelo local. Olhei em volta, me preparando para pegar minha adaga na mochila e defender minha irmã.

A garota insistia em chorar, sua pele gélida e os ferimentos davam a impressão e que ela estava morta mas Karollinny não queria manter esse tipo de pensamento. Ela chorou mais um pouco e quando parecia um tanto mais calma mas ainda soluçando começou a falar.
- Você não estava lá...e ele chegou...ele matou a Lay e o Papai também. Ele era muito forte, nem sei como fugi de lá - continuou chorando.

Meu coração de apertou ainda mais em meu peito.
Agora quem estava chorando descontroladamente era eu. Mataram meu pai... E minha filha. Quem quer que fosse, ia pagar muito caro por isso.  
Quando me recuperei, peguei minha adaga e enfiei em minha bota, e depois me armei com o arco. Empurrei Katherine para dentro das folhagens ao nosso lado
-Não sai daí, Kath. Eu vou lá dentro.
Quando dei o primeiro passo para entrar num lugar desconhecido, Kath segurou meu pulso.

A garota segurou o pulso de Karollinny com uma força anormal. Ela a olhou com uma expressão estranha, seus olhos estavam arregalados e as lágrimas haviam parado de sair.
- Não, fica comigo, não vai, não me deixa.

Meu coração pulava dentro do meu peito. Abracei Kath com força e beijei sua testa.
-Kath, eles mataram a minha filha. -Ao falar isso, senti meu rosto ser inundado pelas lágrimas que me escapavam -Eu quero vê-la, Kath... Ela precisa de mim.
E então, meus joelhos fraquejaram e eu caí no chão de joelhos.
-Eu vou num segundo e volto no outro. Você verá. - E ainda chorando como uma condenada, me levantei e empurrei Kath de vagar nos arbustos, onde estaria segura.
-Não sai daí. Eu volto num segundo - Comecei a soluçar e a caminhar entre a névoa a passos rápidos, com o arco na mão e prestando atenção em tudo.

Ela deixou a irmã para trás nem se dando conta do erro que cometeu. Alguns segundos de caminhada e ela ouviu um grito vindo de trás, onde deixara sua irmã a pouco.

O som do grito de Kath foi tão doloroso, que senti como se meu coração fosse um pedaço de vidro que caiu no chão e se partiu em mil pedacinhos.
Dei meia volta com a maior velocidade que consegui voltei para onde havia deixado Kath, mas apenas encontrei uma mancha de sangue em seu lugar, e Katherine havia desaparecido.
Um grito agudo escapou de meus lábios e caí de joelhos no chão.
Minha visão estava embaçada pelas lágrimas que não paravam de vir, mas logo me levantei. Eu sabia que não estava mais chorando, e provavelmente meus olhos estavam negros de raiva.
E então notei pegadas ao lado da mancha no chão. Peguei meu arco que havia caído no chão e segui as pegadas.

Karollinny seguiu as pegas e conforme avançava a concentração de sangue apenas aumentava, foi quando ela se deparou com uma cena horrível. A cabeça de sua irmã estava presa a uma lança bem na sua frente.

Engoli em seco ao ver aquela cena. Meu rosto já inundado por lágrimas, agora estava praticamente transbordando, e podia-se se ver com clareza as goras de lágrima marcando o chão.
Mas a merda já estava feita. Eu não podia fazer nada, e não iria nunca me perdoar por tê-la deixado. Nunca.
Me ajoelhei na frente de sua cabeça, sem me importar em me sujar com o sangue.
-Seja boa no mundo inferior como foi aqui, Kitty Kat - Me curvei e lhe beijei a testa arranhada. -Eu te amo. - Solucei e observei sua cabeça. Os cabelos lhe caíam pelo lindo rosto de traços delicados. Seus olhos estavam abertos e pareciam me observar, sem nada ver. Levantei o braço para fechar seus olhos.
Levantei-me e me pus em modo de defesa. A pessoa que fez isso a Kath não poderia ter ido muito longe. E sim, era uma pessoa. Aquilo não poderia ser obra de um animal ou monstro.
-Eu sei que você está aí! - Estava atenta a qualquer movimento ao meu redor, e fiquei aliviada pela minha voz ter soado um pouco mais segura do que eu me sentia. -Eu sei que está aí, e eu não tenho medo de você!
Olhei ao redor, procurando a pessoa.
-Venha aqui e encare a vingança! - Gritei com todo o ar de meus pulmões. -Não era a hora dela! Por que a matou? - Gritei novamente. Minha voz soava alta, aguda e ameaçadora.

Você não deveia ter deixado ela sozinha - disse uma voz infantil - Não deveria ter nos deixado - continuou - Não deveria ter ME DEIXADO...MAMÃE! 
Da névoa saiu uma criança, era Layla, a filha adotiva da filha de Eros. Em sua mão estava uma faca ensanguentada. O mesmo sangue estava em toda a sua roupa e ela a olhava como se fosse um animal selvagem.