[PvM - Antemporal] Leah, Oliver & Hawk.

Estava no refeitório, comendo o de sempre: waffles com geleia de amora. Minhas irmãs estavam fofocando, nas outras mesas todos estavam comendo tranquilamente... Um dia normal no acampamento.
Quando ia me levantar e ir para o chalé, Oliver e Hawk vieram até a mesa do 10.
_Ei Leah, quer vir treinar conosco? - Olie perguntou sorrindo.
_Claro. - Sorri para os garotos enquanto me levantava. - Só preciso pegar minhas armas no chalé...
Eles me acompanharam até meu chalé, esperando nos degraus lá fora. Entrei correndo pegando algumas armas de meu pequeno arsenal e  voltei correndo para fora.
Com o arco em mãos, aljava pendurada no ombro, escudo em forma de bracelete e o pingente em forma de maçã no pescoço, eu e meus amigos nos encaminhamos para a arena.

Armas:

Eu tinha em mente lutar com um monstro bem fácil. Lestrigão? Ciclope? O mais próximo de um ser humano, assim seria mais divertido...
Acabei optando por um Lestrigão, e deixei que os garotos escolhessem seus monstros.
Cada um por si...
Fui até o bestiário e pedi por um lestrigão, ansiosa para saber a escolha de meus amigos, mas deixei que fosse uma surpresa.
Sai saltitando de lá, já armando meu arco com uma flecha e aguardando por meu monstro.

Armas:

Minha flecha já no cordel do arco, o sorriso de deboche no rosto
_Que o show comece! – Oliver disse.
Suspirei e voltei minha atenção para a saída do bestiário. Um lestrigão vinha andando irado, logo atrás dele um cão infernal, um dos monstros que eu mais gosto e... Patas asquerosas e pinças estalando, só poderiam ser... Uma aranha gigante. Meu estomago se contorceu dentro de mim, trazendo as más memórias sobre aranhas, dizem que só os filhos de Atena têm esse pavor, mas eu também tenho, e não tem nada a ver com a minha vida de semideusa. Minha cabeça começou a dor e já era tarde de mais, o lestrigão já estava muito perto de mim, meu arco no chão e eu não conseguia me mover, o monstro me bateu com sua mão, jogando-me longe. O impacto foi doloroso, mas me fez voltar ao presente, tudo que eu deveria fazer, era ignorar o fato de que há uma enorme aranha á alguns metros de mim. O lestrigão falava algumas coisas, para quais não dei nem ouvidos, levantei-me massageando minha têmpora e meu pescoço, o mundo balançava ao meu redor e agora há um lestrigão zangado correndo em minha direção.
Ele me prende com força na parede, ouço alguns gritos vindo de trás do monstro.
_Deixem-na se virar! – Escuto alguém dizer, uma voz feminina...
_Precisamos ajudá-la... – Outra pessoa diz.
Lentamente as vozes e gritos vão diminuindo ao meu redor, me dou conta de que estou sendo sufocada, quando tento gritar por ajuda.
Minha mente vaga na escuridão em que me encontro, estou com os olhos fechados quando me lembro que meu pomo da discórdia está pendurado em meu pescoço. Arregalo os olhos instintivamente sugando todo o ar possível e acionando o pingente em meu pescoço com apenas um “Ativar”.
Pelo o que vejo o pomo me entendeu, e seguiu meu comando, liberando o seu aroma adocicado bem no rosto do lestrigão que me segurava. Ele começou a gritar se balançando e abanando o rosto para se livrar da fumaça do pomo que o rodeava.
Encontro-me caída no chão, massageando meu pescoço que futuramente terá alguns hematomas. Pisco algumas vezes para limpar minha visão, respiro forte e minha garganta dói um pouco. Levanto-me firmando bem os pés sob o chão e corro até o meu arco que não está muito longe. Pego-o juntamente com a aljava e encaixo uma flecha no cordel, mirando o melhor que posso no monstro que ainda se balança para se livrar da nevoa do pomo.

Armas:

Minha cabeça está parando de rodar, minha visão está voltando ao normal, respirar ainda dói um pouco, mas a minha mira está perfeita. Inspiro e expiro lentamente lançando a flecha no lestrigão que está se livrando da névoa adocicada do meu pomo de ouro. Infelizmente a flecha não o acertou, me deixando frustrada comigo mesma. Encaixo mais uma flecha e lanço-a, dessa vez numa tentativa sucedida, encaixo mais uma flecha no cordel e atiro-a, e faço isso mais uma vez. Ao todo se foram quatro de minhas flechas envenenadas, e aos poucos o monstro ia virando pó.
Caí de joelhos, cansada. Começo a ficar zonza novamente e meus amigos vêem me ajudar a sair dali, indo direto para a enfermaria, passar uma noite lá e já me deixará bem. Fico feliz por ter matado o monstro, mas me sinto uma idiota por ter deixado meu passado com aranhas quase me matar, outra vez.

Armas:

Template by @