Missão One-Post- Leah Volcius- Pégasos em perigo.

O garoto agora me olhava com um pouco de temor, a fúria em meus olhos e tudo que eu estava sentindo, era visível não só á ele, mas também a qualquer outro que estivesse nos olhando.
Girei a lamina de minha espada na do garoto agilmente, fazendo-o jogar o corpo para trás, puxei seu braço, torcendo-o e tomei sua espada, colocando a ponta da lamina de minha espada em seu pescoço e a de sua espada na nuca.
_Não me faça ficar irritada de novo, nem me tire do sério ou me desafie! Da próxima vez eu te mato. – Transformei minha espada em pingente e devolvi a do garoto.
_Ei Leah! Podemos sair qualquer dia... – Ele deu um sorrisinho, tentando ser sexy.
_Vejo você no almoço. – Dei uma piscadela e sai da arena.
Não sei o porquê, mas Leo conseguia me tirar do sério, ele quase nunca está no acampamento e quando está sempre consegue me tirar do sério, mas mesmo assim gosto dele.

Estava tranquilamente voltando ao meu chalé, precisava arrumar algumas coisas, iria visitar meu pai nesse final de semana.
Um sátiro vinha trotando rapidamente em minha direção, olhei para os lados e saí do caminho dele, mas o ser da natureza me parou colocando as mãos sob meus ombros. Arregalei os olhos e fiz uma careta.
_Ei! Filha de Afrodite... – Ele disse ofegando – Precisamos de sua ajuda.  – Não tinha notado, ao seu lado estava uma garota com roupas de equitação.
_O que houve? – Perguntei preocupada.
_Há um monstro... Ele fugiu do bestiário e agora está destruindo os estábulos!
Eu, os pégasos e cavalos dos estábulos sempre nos demos muito bem, eu era muito boa como hipista e tratadora.
_Certo... Vou ajudar vocês!
Se essa missão foi dada a mim, não poderia simplesmente ignorar, ainda mais se o monstro está destruindo o que eu mais amo aqui no acampamento.
Corri com o sátiro e a garota em direção aos estábulos. Tudo estava um caos, alguns outros campistas tentavam ajudar á domar os pégasos que estavam fugindo com medo.
Um deles vinha em alta velocidade em nossa direção. Tentei não atrapalhar aos outros e sim ajudá-los.
Kath, a garota que foi me chamar junto ao sátiro, me jogou a ponta de uma corda onde já havia um laço, para pegarmos o animal. Embalei e lancei a corda, acertando de primeira, minha pericia com chicotes era ótima e corda não era muito diferente.
Kath me ajudou a segurar a corda, rapidamente outro campista e o sátiro estavam nos ajudando.
Soltei a corda e fui para á frente do animal com as mãos levantadas e numa postura de reverencia.
Calmamente ergui minha cabeça e minha voz.
_Ei... Amiguinho, está tudo bem. – O pégaso abriu as asas e relinchou.  – Não me diga que está com medo de um monstrinho? – Não estava zombando dele, apenas conversando. Loucura conversar com um animal, mas eles nos entendem. – Esta tudo bem... Agora se acalme... Por favor. – Levantei a mão em sua direção para acariciá-lo, ele apenas relinchou um pouco e deixou que o levassem.
Meu bracelete-escudo da discórdia estava em meu pulso, ativei-o para me proteger e transformei meu pingente em espada. Corri para dentro do estábulo, esperando encontrar uma mantícora ou quimera, mas deparei-me com um escorpião gigante. Aquele monte de patas me lembrava uma aranha o que me fez pensar coisas muito ruins, pois aranhas são meu maior medo.
Eu não chegaria perto daquela coisa, não com uma espada, seria desvantagem e ele poderia me atacar com o agulhão em sua cauda. Transformei minha espada em lança. Respirei fundo fechando meus olhos e quando abri-os utilizei todas as minhas forças para atacar o monstro.
Lembrei-me das vantagens que ele tem sobre mim. Tenho apenas uma lança/espada e um escudo. Ele tem um rabo venenoso, um monte de perninhas asquerosas, uma carcaça protetora e pode se enfiar na terra a hora que bem entender.
Usei a lamina de minha lança para cortar fora uma de suas pernas enquanto ele ainda estava distraído usando suas pinças/garras do mal para destruir os estábulos.
No mesmo momento o bicho virou-se para mim sibilando e estalando suas garras. Fiz um som de desespero e pensei “É agora que morro”.
O monstro usou seu rabo com o agulhão para me atacar, mas esquivei-me com o escudo. Seu agulhão atingiu o chão e rapidamente usei meu poder de serva de Éris, para criar raízes de macieira, prendendo a cauda do monstro no chão.
Ele se contorcia pra se livrar das raízes, mas estas são umas das raízes mais fortes existentes.
Transformei minha lança de volta em espada, usando-a para atingir entre as frestas da carcaça do monstro. Cravei minha espada várias vezes num mesmo lugar e fui cravando entre as frestas, até que o monstro parou de se contorcer e virou pó.
Fechei os olhos para o pó não entrar neles. Transformei minha espada em pingente de novo e sequei as gotinhas de suor na testa.
Um campista entrou e me olhou com os olhos arregalados.
_Que foi? – Perguntei.
_Pensei que você tinha morrido... - Ele disse estupefaço.
_Chame pessoas pra te ajudar a arrumar o estábulo, já fiz minha parte...
Para facilitar, fiz sumir as raízes de macieira e sai do estábulo, segurando forte no meu pingente em forma da letra “E”.
Essa foi a primeira vez que fiz algo pelo acampamento, espero pelo menos um pouco de reconhecimento.

Poderes usados:

Armas: