[DIY ATEMPORAL] Defendendo a Fronteira

Mal passava do meio dia quando resolvi sair do chalé, dei uma passadinha rápida no refeitório para uma breve refeição, a maior parte da comida ofereci aos deuses. Já estava a caminho do chalé para descansar. A ultima missão havia com certeza acabado comigo, minha saúde, embora parecesse normal, estava arrasada devido ao clima de Chernobyl e as lembranças do que vi lá eram a pior parte. Assim que passei diante a casa grande olhei para a colina e me surpreendi.
Havia um homem, tinha cor de bronze e uns 5 metros, ele golpeava a barreira do acampamento com violência. Logo mais seis iguais surgiram e um a multidão de semideuses armados correram para a colina.
Corri para o chalé e peguei minha espada solar junto com o relógio escudo e corri para a colina junto com os filhos de ares que estavam passando pelo meu chalé na mesma hora.

- O que é isso? Essa invasão, esses ataques? – perguntou Dominic ao se aproximar.
- Ao julgar pelo que vi são autômatos, em torno de sete. Estão atacando a barreira na tentativa de rompê-la, mas para mim isso não tem sentido.
Corremos para a colina junto com os demais semideuses que já estavam prontos para acabar com o ataque, mas havia algo de errado. Por que autômatos atacariam a barreira do acampamento sendo que a força bruta deles é inútil nesse caso. Alguém estava por trás daquilo tudo.
- Esse não é o foco do ataque – disse para Dominic.

-É uma distração – fechei os olhos e comecei a me concentrar.
“Ok, sete autômatos com distração na colina onde qualquer um do acampamento pode ver. Os semideuses estão focados no ataque falso, então, onde está o verdadeiro?” pensei e comecei a rastrear, me foquei na floresta. Senti algo, não era um monstro, mas parecia humano, semideus talvez. Abri os olhos e olhei para Dominic.
- Na floresta. Punho de Zeus! – corri em direção a floresta o mais rápido que consegui, se estivesse correto poderia evitar um desastre.

Adentramos a floresta rapidamente, segui para o local onde os corvos sobrevoavam. Realmente havia algo poderoso lá, passamos o Punho de Zeus e corremos para a floresta mais densa.
- Eles estão aqui... – falei mais interrompi a frase quando avistei parados em nossa frente dois homens -... perto. Olá cavalheiros, posso ajudá-los em alguma coisa? – perguntei tentando ganhar tempo.
Reparei que estavam portando uma lança dourada cada um, elas tinham duas pontas cada e todas eram de algum mineral vermelho, deveria ser rubi. Também usavam armaduras de algum tipo de metal, talvez titânio e as espadas em suas bainhas eram incríveis, parecia bronze. Bastou um olhar para identificar isso graças a minha perícia com forjas.

Armas dos Adversários:

Os homens apena deram um sorriso sarcástico, pareciam realmente poderosos e como de costume eu pretendia estudá-los antes de planejar algo realmente ofensivo. Precisava descobrir quais as suas habilidades.
- Senhores, sugiro que falem antes que nós tenhamos que tomar alguma atitude mais drastica - falei.
- Olha garoto, eu aconselho você e o seu amiguinho aí a saírem da nossa frente - falou um dos homens.
Olhei para Dominic como sinal para que ele atacasse já que os homens não pareciam ser do tipo que colaboram.

Enquanto Dominic cuidou de um dos invasores foquei no outro. Corri contra ele aproveitando a distração que os corvos criaram. Saltei e empunhei a espada com as duas mãos, desci em alta velocidad contra o soldado e golpiei.
Ele levantou a lança e defendeu o golpe, saltei para trás novamente e fiquei em posição.

Poderes:

Observei meu oponente atento aos seus movimentos, deveria testá-lo mais um pouco. Girei meu corpo e dei um golpe no ar, uma rajada se formou imediatamente e atingiu o peito do rapaz que acertou as costas contra uma árvore.
Ele saiu dos destroços e apontou sua lança para mim, uma luz tomou conta do rubi e logo percebi o perigo. Pisei firme no chão e uma parede de rochas se levantou. Ouvi a explosão do contato entre a luz e as rochas.

Poderes:

Percebi que a parede de pedras rachou com o golpe e que não aguentaria outro ataque. Pensei rápido e estiquei minha mão para as rochas. A parede se desfez em vários pedaços menores que voaram contra o homem.
As pedras o soterraram facilmente, parecia acabado, foi quando para minha surpresa percebi que havia falhado. Senti algo ponti-agudo tocar minhas costas e todo o local esquentar. Virei-me rápido e acertei a lança a tempo de desviá-la. O disparo passou do meu lado, o cara girou a arma e tentou outro ataque, bloqueei com a espada e contra ataque.

Poderes:

[color=black]

- Você é rápido garoto - disse o rapaz enquanto da um passo para trás, fiz o mesmo e retruquei.
- Você também não dos piores.
Ele sorrio e deu uma estocada em minha direção, tirei meu corpo para o lado e o golpiei. Ele apenas girou a lança e quebrou meu ataque. Abaixei-me e por pouco escapei de levar um golpe na cabeça.
Fiz com que um pouco de terra envolvesse seu pé direito e aproveitei para me afastar. O soldado tentou vir atrás de mim mas a terra o deteve.
- Minha vez - fechei a mão e a terra começou a subir pelo seu corpo.

Podere:

A terra já havia tomado conta de toda a parte inferior do soldado, eu esperaria até que estivesse preso por completo, mas o inesperado aconteceu. Ele tocou a ponta da lança na terra e a mesma começou a se cristalizar, virando algum tipo de mineral, acho que zircônio.
- Garoto, você ainda precisa aprender muito.

- Como? - perguntei confuso.
O cristal explodiu e ficou parado no ar como se o tempo tivesse congelado. Minha espada brilhou intensamente e uma onda de energia foi liberada. O flash foi suficiente para distraí-lo então pisei firme no chão e um pilar de terra se levantou na diagonal e o atingiu no peito com força para arremessá-lo.

Poderes:

Ele voltou a se levantar, a armadura permanecia quase intacta, o que achei surpreendente. Minha respiração começou a pesar um pouco, o cansaso estava aparecendo e embora eu estivesse sem nenhum arranhão em compensação estava ficando fraco.
Era necessário achar uma solução imediata. Primeiro afastá-lo da lança, segundo imobilizá-lo e por ultimo dar o golpe final. Fiz o vento acelerar e se chocar contra o chão para criar uma cortina de pó. Aproveitei o momento e avancei contra o semideus.
Golpiei sua perna, onde a armadura não cobria e para minha sorte o golpe havia funcionado, deixando-o de joelhos.

Mal tive tempo de comemorar, o golpe o atingiu, porém, ele aproveitou o fato de que com isso acabei ficando de costas para ele me atacou. A parte achatada da lâmina de rubi me acertou em cheio, a força do golpe foi maior do que eu esperava desse semideus e foi capaz de jogar-me contra as árvores que se partiram.
Se não fosse minha resistência física com certeza teria morrido, mas um galho acabou perurando minha coxa, graças aos deuses, longe de uma artéria.