Missao One-Post para Viic Black

Estava deitada em minha cama pensando. Fazia algum tempo que meu irmão, o deus Tânatos, deu-me o recado da missão. Sinceramente, não quero nem pensar em como minha mamãe perdeu a pulseira dela, mas vamos lá.
Andei pelo quarto colocando na cama tudo que precisava levar. Peguei minhas armas, alguns mantimentos e algumas roupas. Feito isso, fui arrumar tudo em uma mochila.
Agora era pensar num plano, só tinha um problema. Eu não conhecia nada de Los Angeles, muito menos de Hollywood. Mas talvez...
Sorri e corri para o chalé de Hermes. Depois de meio que ameaçar uma cria do deus viajante, consegui um mapa de Hollywood. É bom deixar alguns campistas com medo de vez em quando.
Peguei minha mochila e segui para os estábulos. BlackStar vai gostar de sair um pouco. Fazia duas horas e meia que anoitecera, tempo perfeito para chegar a Hollywood e me instalar em algum lugar.
Montada em minha égua do submundo, viajei pelas sombras até uma pensão pequena e barata. Assim que peguei um quarto, pedi para BlackStar voltar para o acampamento, se precisasse dela, a chamaria.
Ajeitei minhas coisas no quarto e puxei o mapa e meu caderno de desenhos da mochila. Não sou muito de estratégias e planos, mas sempre é bom ter pelo menos uma ideia de onde ir.
Estendi o mapa grande que pegara com a cria de Hermes na cama e circulei todos os mais de cinquenta estúdios existentes. Com os estúdios em destaque, sai da pensão com minhas armas em mãos. Hora da busca.
Usando meus poderes, caminhei pela noite tranquila. Ninguém me veria mesmo. Ao chegar no primeiro estúdio tive um problema. Como entrar?
Usei a telecinese para mover o trinco da porta de trás e entrei. Agora é procurar a pulseira da mamãe.
Olhei em todos os lugares desse e dos outros três estúdios que procurei nessa noite. E advinha? Não estava em lugar algum.
Tomando as devidas precauções para não deixar rastros e sem arrombar nenhuma porta, voltei já no inicio da manhã para a pensão.
Após dormir boa parte da manhã e parte da tarde, decidi dar uma volta por Los Angeles, afinal, nunca andei por aqui. Para falar a verdade, os únicos pontos que conhecia dos EUA era o acampamento e os que visitei em minha missão.
Caminhei calmamente por alguma parte de Hollywood, não fazia muita questão de saber o nome. Preferia me concentrar nos detalhes mais bonitos da cidade, para depois desenhá-la.
Assim que achei um cantinho mais tranquilo na cidade dos famosos, me sentei e tirei o caderno de desenhos da bolsa. Mãos a obra.
Desenhei a minha vista, a calçada da fama. Estava quando terminando quando um obstáculo surge e impede minha visão. Fuzilei o ser que só, após retratá-lo em meu esboço, reconheci.
Era um ator de um daqueles seriados americanos, Ian Somerhalder. Melhor não contar para minhas amigas que o vi, mas não pedi autógrafos e nem nada. Pouco antes de escurecer, voltei para a pensão, tomei um banho bem relaxante e alimentei-me bem. Feito isso, peguei meu mapa e voltei às ruas, dessa vez, invisível.
Voltei ao esquema de abrir as portas do estúdio com telecinese e procurar pela pulseira com calma, colocando tudo em seu devido lugar.
Di Immortales! Esses estúdios são gigantes! Se não achar logo essa pulseira, terei que procurar de dia também, ai será mais complicado ainda.
Depois de revirar mais três, voltei para a pensão silenciosamente, ou seria, se um grifo não tivesse aparecido em meu caminho. Um fato ruim de ser filha de uma primordial, monstros sempre te acham.
Bom, a vantagem é minha. Estou invisível e no meu território, à noite. Desvantagem, estava para amanhecer, teria que ser rápida, bem rápida.
Enquanto eu pensava, o grifo ganhou os céus. Encarei suas grandes asas e lancei o Πόνος υπέρτατη. Com as asas doloridas ao extremo, o monstro voltou ao solo, onde eu rapidamente me pus as suas costas e passei minha foice por seu pescoço.
Após me livrar do pó dourado, voltei para a pensão rapidamente. Não queria mais surpresas.
Assim como no dia anterior, passei a manhã dormindo, mas acordei perto da hora do almoço. Comi na pensão mesmo, já que fazia parte do pacote. Dessa vez, ao caminhar, levava algumas de minhas armas em seus formatos falsos e minha adaga dentro da bolsa, junto com meu caderno de desenho, o mapa e um caderninho qualquer. Se voltasse de Hollywood sem nenhum autografo para as meninas, elas me matavam.
Caminhava distraída pelas ruas, olhando as lojas e as pessoas a minha volta. Era tão diferente do acampamento ou de Londres. Senti uma saudade de casa agora. Perdida em pensamentos, acabei por esbarrar numa moça ruiva que era incrivelmente parecida com minha amiga Lily.
- Desculpe moça. – pedi recolhendo suas coisas que derrubei. – Estava distraída...
Foi ao olha-la de forma mais atenta que a reconheci. Emma Stone, uma das atrizes preferidas da cria de Afrodite.
- Não tem problema, também estava distraída. – ela sorriu de forma amigável.
- Tudo bem então. – sorri para ela e peguei o caderninho em minha bolsa. – Srta. Stone, poderia autografar para mim? Tenho uma amiga muita parecida com você que é uma grande fã.
- Claro. – ela pegou o caderno e assinou. – Qual o nome dela?
- Lily, Lily Potter. – sorri ao receber o papel de volta. – Muito obrigada.
- Não há de quê. – ela sorriu e seguiu seu caminho.
Bom, pelo menos agora, a Lily não me mata mais. Continuei meu caminho um pouco mais atenta as pessoas a minha volta.
É claro que com minha sorte, mesmo com o mapa em mãos, eu consegui me perder. Acabei parando numa rua praticamente deserta, apenas eu e, é claro, uma harpia. Eu e minha sorte fantástica.
O problema é que dessa vez, não teria ajuda da noite, seria eu e minhas armas apenas. Assim que a monstrenga me sentiu ali, puxei meu escudo da bolsa e defendi-me de suas garras.
Ela investiu com força, mas meu escudo suportou. Impulsionei meu escudo para frente, empurrando-a. A criatura aproveitou a deixa e ganhou os céus. Droga!
Usando o Ignem, mandei duas bolas de fogo em suas asas e a outra em sua cabeça. As que foram para as asas, acertaram em cheio fazendo-a voltar ao chão. A terceira, acabei errando.
Com ela em terra e ainda tentando apagar o fogo em suas asas, usei o Paralysis e, com minha foice, a transformei em pó dourado.
Após verificar se ninguém vira nada, peguei minhas coisas e voltei para a pensão. Era tempo de tomar um banho e comer algo antes de voltar a minha busca.
Pela terceira noite seguida, sai invisível daquela casa em que dormia e fui atrás da pulseira de mamãe. Três dias de procura e nem metade dos estúdios revistados.
Puxei meu mapa da bolsa e procurei meu próximo alvo. Bem, vamos lá.
Assim que cheguei a um dos estúdios da Pictures, usei a telecinese para destrancar a porta dos fundos e entrei. Segui procurando em todo o lugar a minha vista e nada do acessório de luas. Suspirei e ajeitei as coisas em seus lugares, saindo dali rapidamente.
Segui para o próximo local da lista e repeti o procedimento. Advinha? Nada de novo.
Ao me encaminhar para o próximo, vi um homem andando por ali. Nada de estranho até ai, mas minhas Lentes Fantasmas mostravam que era um deus. Tânatos, ainda. Das duas uma, ou ele estava ali para averiguar meu serviço ou para se encontrar com mamãe. Aposto mais na segunda.
Tremi a cabeça e voltar ao meu caminho. Teria sido uma caminhada tranquila se eu não tivesse achado um ciclope na porta do estúdio. Bem, eu odeio minha sorte.
Mesmo invisível, deixei o único olho do ciclope sem visão. Inibi meu sentimento de medo, afinal era o primeiro ciclope que enfrentava e estava sozinha, e lancei uma pequena esfera de energia escura nele, chamando sua atenção para mim.
A clave que ele tinha em mãos acertou o local onde eu estava segundos depois de eu avançar contra ele. Ele estando cego e eu com a força das profundezas, além de ser de noite, a vantagem era minha.
Novamente ele brandiu a clave em minha direção, guiado por seu olfato. Por muito pouco não fui pega de raspão. Peguei minha adaga e, quando ele atacou-me novamente, a finquei em sua grande mão, dando uma leve congelada na mesma.
O monstrengo urrou de dor e usei essa oportunidade para derrubá-lo com minha corrente. Prendi minha arma em sua perna e puxei. Com dor, levemente desnorteado por estar cego e com minha força 25% maior, consegui fazê-lo tropeçar e cair.
Empunhei esperança e finquei-a em seu coração rapidamente, não dando chances dele se defender. Sorri satisfeita ao ser recoberta de pó dourado.
Prossegui meu caminho enquanto me limpava. Já no próximo local de busca, comecei meu trabalho. Aquele era, até o momento, o maior estúdio que entrara. Tanto é que só terminei a busca quando os primeiros trabalhadores chegaram. A sorte é que ainda estava invisível, então sai dali rapidamente.
A única coisa que fiz ao chegar ao meu quarto alugado foi me jogar na cama e dormir. Estava exausta.
Acordei com batidas na porta. Era a senhora que cuidava da casa avisando que o almoço estava pronto. Com a fala dela, minha barriga roncou. Sorri envergonhada enquanto a senhora idosa ria e me guiava para o salão de refeições.
Após estar muito bem alimentada, voltei para as ruas de Hollywood. E, com minha sorte divina, espero não encontrar mais nenhum monstro.
Andei sem rumo, apenas não queria ficar parada. Vi alguns outros atores e atrizes famosos, nada demais. Mal vejo a hora de esfregar na cara a Lily que vi o Johnny Depp e ela não. Se bem que a filha de Afrodite vai me matar por não ter pegado autografo dele, mas dane-se.
Até que estava divertida essa missão. Conheci lugares novos e sai um pouco do acampamento. Ando muito estressada ultimamente.
Fiquei sem fazer nada o resto da tarde e depois segui para a pensão. Após estar limpa e bem alimentada, segui para mais uma noite de buscas.
Procurei em dois estúdios gigantescos antes de, enfim, parar para descansar em frente ao terceiro e último estúdio da noite.
Estava tomando um ar antes de entrar no local quando ouvi um barulho de asas. Empunhei minha adaga e puxei meu escudo, fui atrás do barulho.
Não muito longe do estúdio, uma harpia se encontrava com a pulseira das faces lunar. Maldita!
- Hey! Aonde pensa que vai monstrenga? – disse e deixei a mesma cega.
Isso me daria tempo. Usando o Afferte, trouxe a pulseira para minha mão e a guardei. Por que diabos não usei esse feitiço desde o começo mesmo? Ah, dane-se.
Minha ação, além de me denunciar, fez a monstra partir para o ataque. Bloqueei suas garras com meu escudo e lancei o Ignem em suas asas que, nessa aproximação, foi impossível errar.
Com as asas em chamas e cega, a harpia não tinha mais condições para se defender. Sorri divertida ao ultrapassar minha foice por seu pescoço.
Após me livrar da poeira dourada, voltei para a pensão descansar. Finalmente achei a pulseira, agora é só voltar para o acampamento e aguardar Tânatos vir busca-la.
No dia seguinte, após o almoço, fechei minha estadia na pensão e paguei a bondosa senhora. Procurei, então, um lugar mais deserto e convoquei BlackStar.
- Oi garota, sentiu minha falta foi? – sorri ao acariciar o rosto de minha égua. – Vamos voltar para o acampamento?
Montei em minha fiel égua e a mesma mergulhou numa sombra. Surgimos não muito longe dos estábulos, onde a guardei e alimentei.
- Agora descase BlackStar. – sorri para ela e sai dos estábulos.
Por ser a hora do almoço, o acampamento estava vazio. Caminhei tranquila até meu querido chalé, onde tomei um banho e arrumei minhas coisas. Como é bom estar em casa!
O resto da semana, passei levando bronca de minhas amigas por não ter pego autografo de ninguém, só entreguei o da Emma a Lily após a mesma prometer não contar a ninguém, e mostrando os desenhos que fiz de Hollywood, tanto lá quanto no próprio acampamento. É bom ter memória fotográfica às vezes.
No dia determinado como final do prazo, estava deitada em minha cama com a pulseira em mãos, esperando meu irmão aparecer. Novamente tudo ficou escuro.
- Tânatos, pode parar com isso. Está ficando repetitivo. – suspirei entediada.
- Como disse, só não quero ser visto. – ele disse. – Conseguiu a pulseira?
- Mas é claro que sim! Com quem acha que está falando? – sorri e coloquei a pulseira na mão que surgiu ao meu lado.
- Pois bem maninha. Será muito bem recompensada. – ele sumiu e a luz voltou.
- Assim espero maninho, assim espero.

Poderes Usados:

Armas:

Mascote: