Missão One-Post para Viic Black.

Caminhava distraidamente pela praia do acampamento. Depois da missão com os Cavaleiros, pensava em ficar ainda mais forte. Não gostei do modo como os dois novos seres de armadura brilhante nos fizeram de idiotas e ainda perdi a alma daquele que enfrentei em minha outra missão.
Pensava em como ficar mais forte, em como proteger aqueles que me são importantes e como aguentar a pressão que é ser Líder dos Cavaleiros de Hades. É claro que me orgulho muito disso, mas não nego que é uma tremenda responsabilidade. Responsabilidade essa que não sei se sou merecedora.
Angel, minha querida loba espectral, caminhava ao meu lado. Isso, de certa forma, me deixava mais calma, tranquila. Ter a ela e a BlackStar, minha égua do submundo, era uma dádiva.
Estava tão distraída que me assustei quando recebi uma mensagem de Íris. Era Lady Selene, a deusa da Lua. Segundo ela, seu anel estava no covil de minha mãe e ela pedia a mim, que buscasse para ela. Bom, não se pode dizer não a um deus sem correr risco de ser transformado em pó, além de estar ansiosa por uma nova aventura.
Após aceitar a missão e prometer a deusa que logo seu anel estaria novamente no seu devido lugar, segui para a Casa Grande, onde encontraria Quíron.
Após explicar toda a situação ao centauro e conseguir minha autorização para sair, segui para meu chalé preparar minha mochila para seguir viagem.
Uma troca de roupa, meu Grimório, algum mantimento e bolsa feita. Meu colar/foice estava ajeitado em meu pescoço, meu amuleto/armadura bem guardado e Esperança, embainhada. Coloquei minha jaqueta preta por cima de minha camiseta roxa e meus jeans escuros.
Esperei a noite chegar e sai do acampamento. Na colina Meio-sangue, encontrei uma harpia vigiando o local. É claro que ela me percebeu ali e veio me atacar. Acionei meu amuleto e logo a amadura revestiu o meu corpo. Impedi o ataque de suas garras com Esperança, usando-a como um “escudo”.
Enquanto prendia suas garras em Esperança, acertei-a com o Ignem. Por fim, transformei meu colar em foice e ceifei sua alma. Transformei minha foice em colar e minha armadura em amuleto, embainhei Esperança e lancei o Invisibilitatem nela.
O problema, agora, era chegar à estação de ônibus. Transformei-me em loba e segui a viagem até próximo à estação, onde, em um beco escuro, voltei ao normal. Peguei um ônibus até outra estação de trem, onde peguei um com sentido a Califórnia.
Estava tranquila, quase dormindo em minha cabine que pegara apenas para mim, quando senti um cheiro bom de doces. Seria aqueles carrinhos de doces? Hum...
Após comprar uma barra de chocolate branco, fui dar uma volta pelo trem. Estava inquieta, como sempre acontecia de noite. Assim que o trem parou em uma estação, desci tomar um ar e pegar o próximo ônibus.
Segui para meu lugar e esperei pela viagem, eu via os outros voltarem e se amontoarem em seus assentos esperando uma viagem tranquila. Pelo menos nos primeiro trinta minutos.
- Eu gostaria de pedir desculpas pelo infortúnio, mas um pequeno terremoto parece estar acontecendo e devemos esperar até acabar para continuar a nossa viagem. - ouvi o motorista falar e todos poderiam sentir os tremores, mas para mim aqueles não eram tremores normais.
Eu reconhecia quando um tremor de passos de monstros era confundido com terremotos. Acontecia bem frequentemente.
Pude sentir a nevoa começando a nossa volta e vi uma figura no meio, eu suspirei pesadamente. Por que eles não poderiam criar uma via só de monstros? Eles tinham que deixar o trabalho dos meios sangues bem complicado não?
Eu realmente não poderia acreditar no que eu estava vendo quando convenci o motorista que eu não gostava de ficar em lugar fechado quando tinha um terremoto, eu esperava uma besta selvagem batendo o pé irritado, pensei até em um bebê gigante fazendo uma birra, mas dois ciclopes bêbados se trombando e causando problemas não era a minha ideia de catástrofes. Eu sabia que tinha que ser rápida, eles não me localizaram porque estavam bêbados, mas assim que sentissem meu cheiro, eu não teria paz.
Rapidamente pulei no meio das árvores e esperei um passar. Usei o Somnus em um deles, pulando para o chão logo em seguida. O outro começou a tentar me atingir, ao que usei o Illustret para cegá-lo momentaneamente. Levei-os mais para dentro da floresta e, assim que me certifiquei que não haveria ninguém, eu retirei a minha foice e pulei no que estava sonolento, eu acertei diretamente o peito dele e usei o Sadictus no corte para piorar. O meio cego logo recuperou sua visão e, ao não ver seu colega, veio para cima de mim. Usei as chamas noturnas do segundo monstro e, por fim, também coletei sua alma com minha foice. Eu rapidamente guardei minhas coisas e limpei-me de leve, voltando para o ônibus onde o motorista reclamou sobre perderem tempo com uma medrosa que não aguenta terremotos.
Ás vezes dá vontade de mostrar para aqueles mortais o que enfrentamos pra salvar a pele deles.
Dessa vez, a viagem foi tranquila, consegui até dormir duas horas. Um feito e tanto para uma semideusa que está viajando em uma caixa de metal com monstros que podem sentir o cheiro do seu sangue e te atacar a qualquer momento.
Demorou um tempo, mas enfim cheguei à Los Angeles, mau eu tinha saído do ônibus e já senti o calor me atingir rapidamente, eu estava acostumada com climas mais frios, cair naquele lugar ensolarado me deixava um tanto irritada, cansada e realmente querendo acabar com a minha aventura o mais rápido possível.
Após viajar por mais de um dia, segui até uma pousada qualquer. Hora de um descanso de verdade.
Achar um lugar para dormir em Hollywood não era problema, só precisava achar um lugar que “coubesse no meu bolso”, não é? Por fim, achei uma pensãozinha mais barata, ainda bem que era apenas uma noite.
Entrei em minha suíte por aquela manhã e tomei um bom banho, estava cheirando pó de monstro, ninguém merece. Após um bom banho, comi almocei por ali mesmo, já que fazia parte do pacote. Alimentada e limpa, cai na cama. Odeio dias calorentos e ensolarados, só servem para dormir.
Quando a noite chegou, peguei minhas coisas e paguei pela minha curta estadia ali. Fiquei invisível e coloquei o feitiço em minha mochila e em Esperança.
Segui o mais silenciosamente possível e, ao ver o letreiro, sorri. Rapidamente cheguei ao H de Hollywood e abri a passagem para o Mundo Inferior. Ao entrar, fiquei novamente visível e fiz o mesmo com minhas coisas.
- Olá Caronte. – disse ao barqueiro.
- Vivos não passam. – ele disse rapidamente, revirei os olhos.
- Bom para eles. – disse e subi no barco, ignorando o olhar de reprovação dele. – Anda logo Caronte, sou uma Amazona de Hades, tenho acesso liberado. Então menos papo, mais ação.
- Esses semideuses de hoje. – resmungou Caronte e o barco seguiu sua viagem.
Permaneci parada, observando o local ao meu redor. Já estive algumas vezes no submundo, mas geralmente permanecia na central dos Cavaleiros. Mas bem... Não é hora de ficar admirando.
O barqueiro parou não muito longe do Campo de Asfódelos, melhor para mim. Joguei uns cinco dracmas de ouro para Caronte ao pular do barco e segui meu caminho. Não sabia exatamente onde era o covil de minha mãe, sabia apenas que era aqui. Bom, as almas devem saber não?
Perguntei para algumas almas onde era o local e continuei meu caminho segundo as informações que recebia.
Cantarolava alguma música que ouvira das crias do sol pelo acampamento e observava os detalhes vivos das paisagens ao meu redor, dariam bons desenhos. Não demorei a ver o local onde minha mãe ficava, mas claro que antes que eu pudesse entrar lá, um cão infernal me viu.
Claro que mesmo sendo serva de Hades, o cãozinho de estimação do Lord Hades veio para cima de mim.
- Ah, droga! – resmunguei ao desembainhar Esperança e ativando minha armadura.
O cãozinho que tinha quase o mesmo tamanho que um cavalo, pulou em cima de mim, ao que desviei rapidamente e investi minha espada contra seu ombro.
Levemente ferido, o monstro usou sua principal arma, a viagem nas sombras. Fiquei parada, com minha espada firme em minha mão.
Evitei fazer qualquer barulho, reduzi ao máximo minha respiração. Quando ouvi um som as minhas costas, me virei pronta para acertá-lo com Esperança, mas o maldito mordeu minha mão, fazendo a espada cair. O canino sumiu novamente nas sombras e eu transformei meu colar em foice.
Concentrei-me atrás do cão, usando o Inercia e a Cura em minha mão mordida. Apertei Estrela da Morte em minhas mãos e esperei o monstro dar as caras. Dessa vez, ele veio pelo lado direito, estava preparada.
Quando ele veio me morder novamente, atingi sua cabeça com minha foice e ele virou pó.
O bom dessa missão é que agora, tenho 4 almas em minha foice. Dois ciclopes, uma harpia e um cão infernal.
Não demorei a entrar no covil de Nyx e, como estava noite em algum lugar no mundo, mamãe não estava por ali. Suspirei, o jeito era procurar mesmo, duvidava que um anel de Lady Selene pudesse ser convocado por magia.
Bom, onde ele poderia estar? Comecei pela pequena sala que tinha por lá, procurei por todo o canto e nada. Passei, então, a procurar pelos outros cantos do covil. Praticamente revirei aquele lugar e nada de achar esse anel.
Escorei-me em uma das paredes e sentei no chão exausta. Onde, diabos, esse anel poderia estar? Frustrada, deite ali no chão mesmo. Foi então, que senti algo incomodo em minha cabeça.
Encarei o anel que se encontrava abaixo de mim. Era visível o brilho lunar que emanava dele, como não o encontrei antes? Bom, o que importa é que finalmente o achei.
Como BlackStar estava no Mundo Inferior mesmo, chamei-a para me levar até a central dos Cavaleiros, estava exausta.
Chegando lá, usei a água e o feitiço Illustret para criar um arco-íris. Joguei o dracma no mesmo para iniciar a mensagem.
- Oh, Lady Íris, aceite minha oferenda e mostre-me Lord Hermes, deus dos Ladrões, Mensageiros dos deuses, o deus Viajante. – não demorou muito e visualizei o deus. – Lord Hermes, poderia, por gentileza, entregar o anel de Lady Selene? Ela mesma pediu-me para entregá-lo a você.
O deus assentiu e logo veio buscar o anel. Satisfeita por terminar minha missão, permaneci ali no Castelo mesmo, onde poderia verificar as coisas do submundo após descansar.
Com um sorriso de trabalho bem feito, pulei em minha cama e adormeci.
 

Poderes usados:

Armas levadas:

Mascote:

Pedido: