Missão One-Post para Dominic Allen Máximos. - Ciclopes brigões.

Eu estava dormindo tranquilamente em meu chalé, os meus irmãos me acompanhavam em uma sinfonia barulhenta, nossos roncos se misturavam e se espalhava pela habitação, de repente uma batida frenética me acordou assustado, me levantei e corri para analisar o porquê das batidas tão nervosas, abri a porta e percebi um sátiro, ele era branco e com cabelos longos e lisos, os seus olhos eram verdes e as pernas... então.... Melhor não comentar. Ele se apressou e começou a me falar:
- Quíron está te chamando urgente na casa grande – Disse o Sátiro.
Apressei os meus passos e voltei para o chalé, nas pontas dos pés para não acordar os meus irmãos. Fui até o armário e recolhi os meus equipamentos, guardei-os na mochila e segui em frente; Eu estava usando as roupas básicas do acampamento, uma camisa branca com o símbolo do acampamento desenhado na altura do peito e uma calça jeans preta com alguns detalhes, nos meus pés um tênis casual amortecia os meus passos.
Após chegar na Casa Grande me deparei com Quíron, ele estava furioso e eu... bem... talvez só um pouco medroso, só um pouco, nada mais... Eu não sabia o que esperar vindo dele e muito menos o que eu tinha feito de errado, fui até a mesa do mesmo e ouvi atento as palavras do Centauro.
- Ares está te convocando para uma missão. E logo aviso, não será nada fácil. Um grupo de mais ou menos dez ciclopes anda trazendo preocupação. Eles já mataram um semideus que Ares enviou, e agora ele confia em você. Ele te dará dicas ao longo do caminho. Se arrume e encontre Argus, ele te levará a New Orleans, é lá que os ciclopes estão. – Falou enfurecido.
Saí rápido da casa grande eu estava felicíssimo porém bastante nervoso, passei pelo meu chalé para conferir se nada havia acontecido, chequei os meus equipamentos e assenti, me dirigi para a saída do acampamento e antes que eu pudesse sair me encontrei com Quíron novamente, ele veio com educação até onde eu estava e acompanhado ele se aproximou.
- Dominic esse aqui é Argus, ele te acompanhará até Nova Orleans. – Assentiu
- Prazer, Argus. Podemos ir? – respondi rapidamente
- Sim, vamos! – exclamou.
Nos despedimos de Quíron e fomos passamos pelos portões, quando dei um passo para fora eu lembrei que tinha esquecido de pedir um táxi especial para nos guiar até o aeroporto, porém, horas de voo poderia atrasar mais ainda a nossa expedição.
- Argus, você tem alguma foto de lá? – Perguntei fitando o rapaz.
- Tenho sim, está velha e desgastada mais ainda dá pra ver. – Respondeu me entregando uma fotografia que tirou do bolso.
Ele ficou em dúvida por alguns instantes, segurei o ombro do mesmo e fechei os olhos, imaginei a local da fotografia e uma sombra nos envolveu, aparecemos próximo a uma lixeira e de fundo a paisagem da fotografia, nós estávamos em uma praça que dava de encontro a uma avenida, ela era grande e de duas vias, nos canteiros haviam construções e alguns táxis parados.
- Sabe onde é o caminho? – Perguntei fitando o transito.
- Sim... Vamos! – respondeu atento.
Ele começou a andar e eu a segui-lo, andamos por ruas sem chamar atenção, praticamente invisíveis da multidão enlouquecida da grande cidade, passamos pelo centro até chegar finalmente na zona rural, nós estávamos cansados e naquele local não tinha um táxi especial para os serviços do acampamento, ainda faltava um pouco e quando já estávamos desistindo encontramos uma macieira, ela me chamou atenção e devagar fui até o local, analisei o tronco e sorri dei alguns tapas na casca e um pequeno pedaço se desprendeu, olhei assustado e em baixo da casca havia um pedaço de papel continuei tirando as proteções da árvore até conseguir o achado, era um mapa no qual desenhava a chegada até a caverna. Antes de partir fui até os galhos e recolhi cinco maçãs, colocando-as em minha bolsa...Nós seguimos e após subir uma grande colina chegamos até a entrada da caverna, o rapaz colocou a mão sobre o meu ombro e respirou devagar.
- Vamos tomar cuidado... – Suspirou
Nós demos os primeiros passos e por sorte o interior estava iluminado, haviam tochas que acendiam todo o percurso, estendemos as pernas e apertamos os passos até dar de cara com um ciclope protetor.
- O que fazem aqui... Seus insolentes! – Gritou
- Argus? ... – Perguntei fitando o Ciclope.
- Estávamos atrás de vocês, Ciclopes, saiam eu já lhes vi. – Gritou o Rapaz.
Mais dois ciclopes saiam do interior da caverna e juntava-se ao primeiro, eles urravam e batiam as suas clavas contra a parede furiosos tentavam preparar o seu ataque.
- Saiaaaaaaaaaaaaaaaaaaam – Gritou os Ciclopes e avançaram contra nós.
Eles nos alcançaram e logo iniciaram os seus ataques, bateram forte contra nós e as suas clavas acabaram paradas pelo chão da caverna, nós havíamos escapado por pouco e enquanto preparávamos o nosso ataque eles voltaram. Puxei a minha espada elétrica e avancei contra os mesmos, o rapaz me seguiu e por um falho momento de inteligência trocamos força contra os gigantes de um olho só, nós fomos lançados e eles caçoavam de nós, um deles pulou e desferiu um golpe na vertical, de cima para baixo. A clava dele foi parada pelo meu escudo e mesmo assim ainda afundei um pouco no chão, não senti tanto a dor e quando olhei para o chão os meus pés haviam deixado uma marca funda onde estavam, sorri e me levantei empurrando o braço do ciclope contra ele.
- Muito bom... – gargalhei.
Era a nossa vez, aproveitamos para esperar o momento em que eles se distraíssem falando besteira e usamos a falha contra os mesmos, usei o teletransporte e apareci atrás do mais desgarrado da turma, quando já aparecia mostrei a palma da minha mão e a mesma gerou uma esfera, o interior era roxo e ao redor uma aura brilhante cobria, atirei a esfera e voltei a desaparecer aparecendo novamente do lado do rapaz, A esfera atingiu o centro do círculo que os ciclopes fecharam e assim que atingiu a mesma expandiu, ela cobriu os três e quando enfim tomou o tamanho necessário se comprimiu, a explosão aconteceu de fora para dentro, quebrando os ossos dos corpos dos gigantes, um foi morto durante a explosão e os outros que sobraram não conseguiam se mover por conta das feridas, corremos e com dois golpes finalizamos os gigantes.
- Fácil... –sorri
Uma aura tomou meu corpo e logo fiquei paralisado, o rapaz me segurou e me arrastando nós seguimos alguns metros, e logo a maldição havia passado, me recompus e segui em frente, andamos mais alguns metros e paramos para ouvir um estrondo de fundo, eram pisadas e aparentemente mais um grupo de três ciclopes, nos preparando para o ataque e esperamos um de costa para o outro, ficamos com as costas coladas para protegermos as retaguardas, certamente foi o que pensamos, dois ciclopes pela frente e um atrás, sorri e fitei os dois grandalhões que me importunava, desta vez não era um grupo tão displicente avançaram de uma vez e nós fecharam em um círculo, levantei a minha espada e passei a mão em seu gume, ele brilhou intensamente e logo ganhou uma aura avermelhada ao redor, os raios na lamina aumentaram significativamente. Voltei a sorrir e esperei os movimentos, os dois em minha dianteira desferiram um ataque conjunto na horizontal, abri as asas o mais rápido possível e me mantive acima do golpe, por sorte não fui ferido, os mesmo se assustaram e o gume da minha espada latejava para o primeiro ataque, pousei e eu estava a menos de 30 centímetros dos dois corpos, nesta distância eu era imbatível, posicionei a minha espada e dei dois golpes, os dois no mesmo lugar. Os dois ciclopes desabaram em prantos e quando enfim olharam seus pés não viram nada, pulei e finalizei o movimento com uma estocada nos corações. Argus terminava de golpear o outro e eu aproveitava para comer uma das maçãs e me curar dos ferimentos.
- Vamos Garoto, não temos tempo. – Ignorou as feridas e seguiu, disse Argus.
Andamos pelas aberturas da caverna analisamos a estrutura e seguimos em frente, paramos para tomar uma água e assim que descansamos um pouco voltamos a caminhar, três ciclopes estavam guardando a próxima entrada, parecia que algo estava por lá.
- Vamos – Gritei!
Eles ergueram as suas clavas e fecharam a passagem com seus corpos, sem expressar nenhuma reação. Eles abriram a entrada e um ciclope passou, estava sozinho e após dar os primeiros passos investiu um ataque poderoso contra nós, corremos para o lado e quando eu já pensava em desviar fui atingido por um golpe poderoso pela clava, eu fui lançado contra a parede feito papel e acabei ferindo muito meu corpo, o rapaz se assustou e recuou contra o ciclope enfurecido, ergui o meu corpo e a lamina da espada voltou a brilhar intensamente avancei em uma corrida mediana, após chegar perto tentei me aproximar porém fui repelido pela clava que me empurrara para trás, insisti e avancei, Nós trocamos golpes e com um corte no peito do mesmo consegui incendiar o local, logo o fogo tomou proporções maiores e finalmente cobriu o corpo, corri para trás para não ser atingido pelas chamas e mais uma vez abri a palma, outra esfera surgiu e foi lançada contra o mesmo, a explosão originada pelo combo finalizou o ciclope instantaneamente.
- Eu estou péssimo... – suspirei
- Não perca o ânimo, vamos. – Respondeu assustado.
Faltavam apenas três ciclopes remanescentes e de dentro de onde eles estavam dava para ouvir os gritos e batidas enfurecidas contra a parede. Nos assustamos um pouco e engolimos a saliva forçada. Avançamos de uma vez só, Eles nos rebateram e mesmo assim voltamos a avançar, gritamos e conseguimos cortar o tendão de um das criaturas ela caiu e quando tentamos finaliza-la Fomos atingidos por ataques aleatórios. Eles estavam enfurecidos o bastante para matar o seu próprio companheiro com golpes esmagadores, sobraram apenas dois com a saúde de ferro. Voltamos a atacar e criei duas esferas, uma em cada mão, atirei as duas e as mesmas se misturaram no ar, duplicaram de tamanho e poder, atingindo assim a área a frente dos ciclopes, mais uma vez o golpes engoliu os dois e explodiu logo após, finalizando a luta. Seguimos para dentro da guarnição e havia apenas um ciclope, este que era muito mais forte, tinha o dobro do tamanho dos anteriores e usava um pedaço de tronco como arma... Ele não conseguia se movimentar direito dentro da caverna e assim que percebeu a nossa presença deu um golpe poderoso contra a parede, que abriu. Ele saiu ainda com dificuldade e depois dele saímos. Assim que fitamos o local externo podemos ver as montanhas e além delas um despenhadeiro, nós estávamos à beira do abismo e o Ciclope não perdia a chance para nos golpear, o golpe passou perto, porém não nos acertou Avançamos e desferimos golpes poderosos contra o mesmo que era protegido pela sua grande armadura, nenhum dos golpes surtiu efeito e o grandalhão nos empurrou com apenas um toque para trás, Ele sorriu e preparou uma investida poderosa contra nós. Ele era lento e até ele chegar aproveitei para lixar as unhas... Horas se passaram (#Parei). Ele enfim nos alcançou e quando pensou em desferir um golpe com o seu tronco eu desapareci, apareci com as asas atrás do mesmo e com os pés forcei as costas dele, tentando empurra-lo.
- Argus, abaixe-se não podemos derrota-lo com golpes físicos - Gritei
O Garoto abaixou e o ciclope perdeu o equilíbrio, cambaleou para frente e eu dei um voou rasante até as suas costas empurrando-o montanha abaixo, ele parou na ponta do abismo e tentou equilibrasse, porém seu peso foi contra ele, o chão da extremidade rachou e após alguns segundos quebrou, levando o gigante com ele. A luta havia acabado e eu estava exausto, pisquei para o rapaz que sorriu.
- Vamos embora... – sussurrou...
Mentalizei o acampamento e desapareci levando Argus comigo, usamos o teletransporte e após milésimos de segundo caímos em meu chalé.
-Vá ... eu vou descansar ... Estou morto. – gritei.
O Rapaz abriu a porta e saiu e eu desmaiei em prantos.