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Ficha de Reclamação de Heather Wermöhlen

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Ficha de Reclamação de Heather Wermöhlen  Empty Ficha de Reclamação de Heather Wermöhlen

Mensagem por Maeve Wermöhlen Ter Ago 13, 2013 4:46 pm






Reclamação



Progenitor(a) Divino: Perséfone.
Progenitor(a) Mortal: David Wermöhlen.
Local de nascimento: Berlim, Alemanha.
Cor dos Olhos:  Preto Claro.
Cor dos Cabelos: Preto Escuro.
Estatura:  Mediana.
Prefere ficar no(a): Defesa.
É uma pessoa tímida? Não.
Faz o que os outros dizem? As vezes.
É uma pessoa forte ou insegura? Forte.
Sempre segue o plano?  Depende da situação.

Por que escolheu a divindade como progenitor:
Perséfone possui relação direta com  a imagem do nosso misterioso e insondável mundo interior que a psicologia denomina inconsciente, como se por detrás do mundo diário, sob a luz do dia, existisse um outro mundo cheio de riquezas e mistérios a serem desvendados. Nesse universo interior estão nossos potenciais a serem desenvolvidos e também as facetas sombrias e mais primitivas da personalidade. Perséfone é aquela parte que cada ser humano quer conhecer e onde guarda os próprios segredos do seu mundo interior.

Entretanto, só consegue ter uma vaga noção com o despertar da consciência e que aparece por meio de fragmentos de sonhos ou através de estranhas coincidências da vida que nos faz questionar a respeito da existência de algum padrão oculto que opera dentro de nós. Perséfone é sedutora e fascinante porém jamais fala de seus segredos. Da mesma maneira, o mundo do inconsciente penetra nos sonhos e nas intuições que também seduzem e são fascinantes. Contudo quando tentamos dominá-lo através do intelecto, esse mundo escapa ao nosso alcance.
Por isso, para mim, seria uma honra ser filha dessa deusa.

História:
Encarou as árvores secas com os olhos estreitos e lábios pressionados. Definitivamente não estava em sua casa. Riu sarcasticamente e observou as roupas escuras que sempre vestia...o que comprovava ainda mais sua teoria. Um sonho? Provavelmente. Ou talvez estivesse viajando de novo, mas seus pensamentos nunca ganhavam forma daquele jeito, por mais viajada que estivesse. É, definitivamente estava em um sonho.

"Inconfiável. Fria. Macabra. Má. Falsa." Reconhecia aqueles adjetivos e eles se lançaram sobre ela como uma flecha lhe acertando tão fortemente que ela se manteve paralisada, olhando para o céu cinzento daquela estranha manhã. O ar estava pesado e possuía um cheiro de podridão. Não, aquele não podia ser seu interior. Ela é fria e não costuma confiar nas pessoas, além de se esconder atrás de algo encantado. Mas ela não era podre daquela forma. Era a visão dos outros sobre ela? Não, era seu sonho. Nada além de um sonho, não se deixe abater, era o que ela dizia para si mesma.

Mas ela reconhecia sim aqueles adjetivos. Eram os direcionados para si quando mais nova. "Sádica. Sem coração. Anti-social. Demônio" Ela não conseguiu evitar se encolher um pouco. Um vento frio passou por ela, lhe arrepiando e a fazendo se sentir mal. Como se aquele vento trouxesse algo além daquela friagem... Algo mais. Algo além."Pobre sombra envolta em escuridão." Agora era a voz de uma garotinha, mas era uma voz sem emoção, talvez uma voz acostumada a ver tantas mortes que a morena não conseguiria contar.

"Tuas ações trazem dor e sofrimento à humanidade." Ela estava reconhecendo a voz e as citações. Ergueu a cabeça e olhou novamente em volta, não se deixando abater. Não passavam de memórias. Confusas, emboladas e colocadas em um local estranho, mas memórias. Os adjetivos dados pelos seus colegas... Sim, apenas um sonho. "Tua alma vazia afoga-se nos teus pecados" Um sonho muito real. Viu um olho gigante surgir no céu e as memórias finalmente tomaram forma. "De que forma desejas ver a morte?"

Talvez ela mesma tivesse esquecido que havia sofrido. Ou talvez tivesse apenas escolhido esquecer ou substituir toda aquela dor por algo mais feliz. Era isso que fazia todos os dias, não? Ser forte. Viu com uma vagarosidade torturante um passado distante voltar à sua mente, quando ainda era uma menina de 13 anos,com seus colegas a olhando de forma estranha enquanto se via, tão pequena e frágil em um canto com suas roupas escuras. Não que ela colaborasse para ser querida já que nesta época sempre optou por se isolar o máximo possível de tudo e todos. Ela queria que alguém tentasse a aproximação, tentasse o primeiro passo. Alguém que talvez gostasse dela, quem sabe. O simples fato de ser diferente, de não ser vista com desejo que fizeram com que ela fosse denominada de coisas que ela não é e nunca foi e provavelmente nunca será, como inconfiável.

Mãos saíram do chão, almas atormentadas se retorcendo nas sombras a agarrou e começaram a a puxar para baixo, pelos lados e até seus cabelos, lhe causando uma dor muito grande além de ferimentos de arranhões e a sua roupa agora estava em farrapos.

Então, o cenário mudou. Era um momento feliz entre seu pai, e ela. Era uma boa memória, sem dúvidas. Então, porque ela estava ali? Como se lesse seu pensamento - se achou tola por usar esta expressão, é óbvio que leu seu pensamento considerando que é tudo parte de um sonho, saíra de sua cabeça, afinal - o cenário começou a escorrer, como tinta fresca. Aliás, o cheiro de tinta estava lhe atordoando os sentidos. Olhou para o lado e como se estivesse dentro de um quadro ela viu seu pintor sorrir macabramente com seus dentes podres.

Foi naquele momento em que ela finalmente sentiu falta de algo. Estendeu a mão e a região a sua frente tremulou. Uma passagem. Se jogou na passagem, sendo automaticamente mandada para outra cena. Reconhecia aquela cena, reconhecia ela bem.

Era, literalmente, o momento de sua morte.
Um acidente. A casa onde moravam queimada. Uma sobrevivente. Foi então o inicio da tragédia. Era o fim e ao mesmo tempo o inicio de sua vida. Era algo tão paradoxal. Ela estava no escuro, até que um clarão azulado surgiu. Um clarão que ela reconheceu logo que abriu os olhos e viu seu pai com os resquício do seu momento de amargura escondidos por um tipico sorriso prepotente com quem diz "Eu posso tudo", Mas ele não podia. E jamais poderá fazer nem um terço do que queria. Uma troca equivalente, era tudo que elas precisavam. Um sentido perdido e um membro deixado para trás, isso resultou em sua fuga de casa e, mais tarde, à nova condição que seria obrigada a viver.

(...)

No instante seguinte,caiu em um buraco em algum momento de distração e foi parada apenas pelo chão. Era o vazio. Não, não era o deserto, não era areia que tinha abaixo de seu corpo, eram cinzas. Cinzas de memórias queimadas, sentimentos queimados, ela queimada. Lágrimas escorreram e ela se deixou cair, derrotada. Tudo só se cessou quando ela despertou. Sua respiração sendo forçada e ruidosa ela fechou os olhos, engolindo a seco.
Não era ela. Era o que ela poderia se tornar.

Batalha:
O caos. Já parou para pensar um pouco sobre isso? Esse conceito muitas vezes associado à desordem ou até mesmo à destruição, propriamente dita... O que efetivamente quer dizer? Vejamos então. Um reles desarranjo, um simples desalinho nos padrões aceitos como normais. Isso é chamado de caos. Ao menos, pelas pessoas meramente convencionais. Mas a questão é que, se os indivíduos que enxergam esse desarranjo como algo ruim são, no mínimo hipócritas, qual seria o verdadeiro propósito do caos? Ou melhor, qual seria o seu significado? Manter, modificar ou destruir? O conceito de normalidade se transforma com o passar dos tempos, ele progride. O anormal, de acordo com a situação, torna-se perfeitamente normal. E assim, o futuro desmancha o passado. Dessa maneira, sempre que necessário, surgem os agentes do caos. Aqueles que agem de acordo com sua vontade, sem limitar-se às regras, sem importar-se com o que é convencional ou não. Mas perante os olhos inconvenientes da massa, eles são vistos como anarquistas duma utopia fantasiada pela manipulação dos mais fracos. Para mudar esse mundo, cá entre nós, fantasias não bastam. Precisa-se de atitude, que é a pouca distância entre os sonhos e a conquista. Mas toda ação requer uma consequência, como bem se é sabido. E o pequeno passo que se dá em direção ao caos, meus caros, chama-se loucura. Sempre à companhia convenienciosíssima do caos.
Essa é a questão.

As luzes e formas apareceram em um rompante, causando uma sensação de mal-estar na garota. Por um momento, temeu que ainda estivesse sob as luzes fortes. Porém, notou que o ambiente era diferente. O lugar era iluminado harmoniosamente, de modo que as luzes refletissem os objetos e pessoas que ali estavam. Por mais que sua vista estivesse um pouco turva e o efeito dopante não estivesse passando por completo, ela suspirou. A última coisa que se lembrava, porém, era do som de sirenes tocando. Aquele fora o primeiro sinal de que as coisas estavam indo de mal a pior no instante que a garota despertava. Por fim, ela não pôde evitar notar algumas manchas de sangue em seu corpo. Logo que conseguiu livrar-se da luz, a única coisa que fez foi pegar seu anel - presente de sua mãe e dado a Heather por seu pai quando o mesmo ainda era vivo - e sair daquele local o mais rápido possível e correr, como se sua vida dependesse daquilo, o que não era mentira. Seus olhos deram uma última olhada para trás, percebendo que só estava a alguns metros daquele prédio assustador. Não poderia mais voltar atrás, a tragédia já estava feita.

Foi quando esbarrou em uma moça de cabelos escuros como a noite e olhos verdes como o mar. Observou-lhe estreitar os olhos, tocar na marca em seu ombro e sorrir, observando a face pálida da menor como se fosse a coisa mais natural do mundo. A voz melodiosa quebrou o breve silêncio que ali se instalara, aparentemente feliz pela garota estar viva e inteira. Ela disse que estava feliz por vê-la ali, viva e inteira..contudo, uma sensação de panico parecia alertar a garota, de que aquela bela moça não era alguém confiável. Principalmente considerando o brilho sádico que parecia emanar de seus olhos.

(...)

E então, ela se transformou.
Branca como giz, tinha uma perna de bronze e outra de burro, possuía presas e unhas afiadas, criatura horrível e cruel. Esta sorria para a menina, lambendo os lábios brancos. Suas presas e dentes expostos apontavam para a garota, e o mostro parecia faminto.

Num sobressalto, entretanto, e olhos arregalados, Heather Wermöhlen  simplesmente parou. Assim que despertou daquele pequeno transe, enxergou a criatura vindo em sua direção. Como um recipiente,  Heather havia se esvaziado. Não se conseguiria ver um pingo de emoção em seus olhos vazios, e mesmo sua atenção parecia prejudicada.
Sentiu o presente de sua mãe tremeluzir em suas mãos e transformar em um espada. Sem hesitar, partiu contra a dracaenae.

Ao primeiro ataque, a semideusa moveu seu corpo agilmente para o lado, com o intuito de desviar das garras da outra, então segurava a espada firmemente com as duas mãos. Quando teve chance, a morena investiu em um ataque horizontal com a ponta da lâmina, conseguindo causar um machucado no ombro da  dracaenae.  Assim que ouviu o grito do monstro, a garota recuou. Entretanto, antes que pudesse em seu próximo ataque, os reflexos de batalha foram mais rápidos, fazendo com que ela erguesse a espada e atacasse seu alvo.

Passados alguns minutos, o seu objetivo fora conquistado: fingindo que estava encurralada, Heather conseguiu cravar a espada entre ela e a criatura, assim que a mesma aproximou-se da morena, achando que finalmente teria a sua refeição naquele dia. Quando olhou o pó em seus pés, a filha de Perséfone fez uma cara de nojo e sacudiu os sapatos, tocando na espada, que transformou novamente em um anel. Em seguida, temendo que ainda estivesse em perigo, engoliu em seco e tratou logo de sair dali, a procura de um lugar seguro.  



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Última edição por Heather Wermöhlen em Ter Ago 13, 2013 10:53 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Nêmesis Ter Ago 13, 2013 9:10 pm

Post perfeito. Parabéns, semideusa.
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