{PvM} Ryan e Vola

Acordei atrasada como sempre, com o Arthur me balançando na cama.
- Acorda Vola. Vamos treinar. - Eu o olhei embaçado, mas decidi levantar.
Fui até o banheiro, tomei um banho rapido, escovando os dentes lá mesmo.

Sai do banheiro e Arthur ainda me esperava. Fiz um coque, peguei meu arco junto com a aljava e coloquei no meu ombro, depois peguei minha espada, colocando no cinto.
Antes de ir treinar, passamos no refeitório, onde eu comi e bebi bem rápido enquanto o meu chalé falava sobre minha missão a ilha de Circe.
- Vamos Vola? - Arthur me chamou e eu balancei a cabeça que "sim", ainda com um pão de queijo na boca.

Ao chegar na arena, vejo todos os chalés lá, me sento em um degrau da arquibancada e fico conversando com os outros semideuses. Quando olhei para a arena, havia apenas dois caixotes que não paravam de se mexer. Fiquei fitando eles por um bom tempo.
De repente, vejo um garoto pulando entre os caixotes. Ele se mostrava sem medo, porém as pernas mostravam ao contrário. Logo depois, eu pude ver o caixote dois abrir, mas o garoto não percebeu. O que saiu de lá foi um cachorro infernal enorme e mais infernal ainda. Aquilo não era normal.
Como ele não percebeu, foi abrir a outra caixa. Eu tinha que fazer algo.
Me levantei, armei uma flecha no arco, fiz a mira e soltei, vendo a flecha rodar e acertar o bumbum do cachorro.

Spoiler:

O garoto estava sorrindo para mim do tipo: "wow, salvou minha vida", mas eu sabia que ele não iria conseguir com dois cães infernais.
- Droga... - Eu reclamei, indo para a arena e armando outra flecha no arco. Eles eram envenenados, por que não estavam funcionando?
- VOLA! Onde pensa que vai?! - Era Arthur. Sendo protetor.
- Eu vou ajudar o garoto, Arthur. - Sem demorar, desci todas os degraus da arquibancada e mirei outra flecha no cachorro. Soltei.
A flecha girou e não levou muito tempo para atingir o cachorro, que já começou a dar sinais de dor.
Corri rapidamente até o garoto, e fiquei de costas para ele.
- Oi. Quer morrer? - Perguntei, armando outra flecha no cordel. O garoto não respondeu, então olhei para ele, sorrindo. - Sou Vola.

O garoto se apresentou, mas logo virou para atacar um cão. Quando dei por mim, o cão que eu estava atacando estava pegando distancia para me atacar.
O veneno ainda não estava fazendo efeito, mas eu tinha que tentar. Deixei o Ryan com o outro cão, então peguei uma flecha, coloquei no cordel e ataquei. Ele começou a correr, sem nenhuma expressão. Sem demorar muito, pego outra flecha e ataco, sem delongas. O cachorro começou a balançar a cabeça, mas não deixou de correr.
"Caramba! 5 flechas e nada?!" pensei comigo mesma. Ok, eu ia tentar a ultima flecha, depois iria usar minha espada.
Peguei outra flecha, e mirei cautelosamente no perna do animal. Soltei a flecha, e ela foi de encontro ao meu alvo.
A perna dele ficou mole, agora ele estava mancando, mas não parou de correr na minha direção. Ele já estava muito perto, joguei meu arco e minha aljava, tirando minha espada e branjando no peitoral do cachorro.

A luta estava "igualada" para mim. O cão agora, já sentia suas pernas ficarem moles, mas ele não desistia de tentar me morder. Vira e mexe, eu o espetava com a espada, e de vez em quando colocava um pouco de energia nela, fazendo o animal se incomodar.
Mas... E o garoto? Ao olhar para ele, eu vi um cena terrível... Ele estava com as duas pernas sangrando e já estava quase desistindo. Ele tinha colocado o escudo na sua frente, pois estava no chão. Eu tinha de ajudar ele e quando fui fazer isso, recebo uma patada que me faz voar para trás. Sinto um pouco de falta de ar e dor, mas me levanto e armo minha guarda. O animal corre feito um louco pra cima de mim e quando ele está perto, jogo meu corpo para o lado e finco minha espada com eletricidade na barriga do cão, que cai de lado, se contorcendo.
Tiro minha espada e pego um pouco de ar. Posso ouvir a arquibancada preocupada e alguns até excitados. Balanço minha cabeça e vou de encontro ao garoto, com cuidado para que o cão numero 1 não me perceba.
Ao passar pelo caminho, pego meu arco e aljava. Coloco cautelosamente a flecha no cordel e miro no olho do animal. Solto e consigo acertar. O cão começa a rosnar e uivar de dor, mas pra minha sorte ele se afasta de Ryan.

Corro até ele, colocando o arco nas minhas costas.
- Hey!!! Tá me escutando?! Tá tudo bem, garoto? Levanta! - Olho para trás, e o animal ainda estava rosnando, mas está se recompondo.

Spoiler:

Ryan se levantou rapidamente, meio tonto e meio alerta. Ele respondeu que estava bem, mas eu não levei muito em conta, ainda fiquei encarando o garoto.
De repente, ele me coloca para o lado e eu só pude ver o cão de espetando contra a lança de Ryan. Abro a boca e coloco a mão nela. O garoto tinha salvado minha vida... E eu a dele. Estávamos quites.
O cachorro rosna um pouco ainda, e tenta de qualquer força morder a mim ou a Ryan. Eu tinha que acabar com aquilo. Puxei minha espada novamente e com toda minha concentração coloquei o máximo de energia na espada. Finquei a espada na garganta o cão, que se eletrocutou e logo depois caiu no chão... Provavelmente morto.
Eu desmoronei no chão. A energia que eu usei era muito, e isso me desgastava.
Olhei para Ryan que ainda observava o cachorro e perguntei meio sem voz:
- Estão mortos?